No dia 02 de
Março de 2017 Eu e o Eliezer saímos cedo por volta das 06h30min da manhã, nosso
destino era contornar a Lagoa dos Patos.
Viajei numa Kasinski CRZ que faz pouco que adquiri, não conhecia bem a moto mas ela se comportou muito bem, a motinho é muito leve, tem motor 150 cc refrigerado a água e suspensão pró-link.
Fomos pela
Free Way até entrar na RS 118, depois pegamos a RS 040 e enfim a BR 101
em direção ao estremo sul da lagoa.
Nosso Plano
era ficar em Bojurú na pousada Freitas, onde já havíamos ficado em outra
ocasião, tudo ocorreu como esperado, almoçamos em algum lugar perto de solidão,
chegamos na pousada por volta de 13:30, então perguntamos para alguns moradores
locais como poderíamos chegar ao mar.
Um nos disse
que era a uns quatro km de distância e que havia muitos colmos de areia até
chegar ao oceano.
Resolvemos
enfrentar a pé, já que não há sequer um taxi no lugar, diga-se de passagem, que
nem farmácia nem agência bancária, nem mesmo um caixa eletrônico há, os mínimos
recursos mais próximos ficam a uma distância de setenta km.
Voltando ao
assunto então seguimos andando mesmo, andamos mais ou menos uns oito Km,
grande parte pelo caminho de areia fina, fazia mais de 35º de calor, mas não
desistimos, uma parte do trajeto a “estrada” era entre duas cercas de arame,
havia um touro solto bem por onde deveríamos passar, fingimos indiferença e
seguimos ele apenas ficou curioso com nossa presença e cedeu passagem sem
problemas.
De cima de
um cocuruto avistamos o mar e resolvemos tomar um “atalho”, acabamos descobrindo que o caminho era bem
complicado, macegas, espinhos, juncos e dunas de areia faziam parte do “pacote”,
depois de começarmos a ouvir o mar ainda andamos uns dez minutos pelo “atalho”.
Em fim ele,
o oceano, não pensei duas vezes e me fui para a água, estava muito azul e
limpa.
Havia logo
adiante um trator estacionado e um pescador pescava na sombra da máquina,
O Eliezer
falou alguma coisa com ele, não pude ouvir, pois eu estava dentro do mar.
Para
encurtar o relato descobrimos que pela “estrada” era muito mais perto, havia um
vilarejo muito pequeno, bebemos agua fresca no local e seguimos o longo, árduo
e cansativo caminho de volta para a pousada.
Depois de
uma meia hora caminhando ouvimos o ruído de um motor, era uma destas camionetes
grandes que passava, o condutor do veículo nos deu uma bela carona até o local
onde estávamos hospedados.
No dia 03 de Março, sexta feira levantamos cedo, tomamos café e seguimos rumo a São José do Norte, atravessamos a barra da lagoa na balsa e seguimos caminho, nuvens negras se formaram e conseguimos escapar da chuva até perto de Pelotas, depois não houve jeito, pegamos boas pancadas de chuva pelo caminho, novamente a XRE 300 do Eliezer apresentou falhas no freio dianteiro, paramos em Camaquã para sanar o problema.
No dia 03 de Março, sexta feira levantamos cedo, tomamos café e seguimos rumo a São José do Norte, atravessamos a barra da lagoa na balsa e seguimos caminho, nuvens negras se formaram e conseguimos escapar da chuva até perto de Pelotas, depois não houve jeito, pegamos boas pancadas de chuva pelo caminho, novamente a XRE 300 do Eliezer apresentou falhas no freio dianteiro, paramos em Camaquã para sanar o problema.
Depois de
tudo resolvido seguimos tomando muita chuva até em casa.
A seguir as fotos falam por si.
Bem perto do descanso
Antes um sacrifício
A CRZ se comportou muito bem
A XRE também
Longo caminho até a praia
Só assim pra chegar ao mar
Imensidão
Belo banho de mar
Arenoso e cansativo caminho de volta a pousada
Para que entendam o caminho que fizemos a pé, vejam a linha vermelha na imagem de satélite, foram 7.900 metros
Barcos à beira da BR 101
Na Balsa para Rio Grande
Porto do Rio Grande
Pancada de chuva
São José do Norte
Barco Pesqueiro