terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Caminhos Da Tríplice Fronteira

  

Caminhos Da Pátria Gaúcha Percorrendo A História Da Nossa Terra


                                   
                                        Cruzando a Pátria Gaúcha
                                Por onde a estrada nos leva
                                Os rumos da nossa terra
                                Vamos guardar na memória
                                Em cada retorno a vitória
                                Como uma missão cumprida
                                Pelos caminhos da vida
                                Pela poeira da história




                            O Clan Dos Maslak  (Onde tudo começou)
                                         Formação em "delta" sobre a ponte.
        Os Irmãos Maslak Na década de oitenta com suas primeiras motocicletas, 
                  todas modelo XL 125 da Honda da esquerda para a direita Zé Krentz, 
               logo a seguir os irmãos, Volnei, Roberto,Vitor e Norberto Maslak.
      O local a ponte de ferro divisa de Mariana Pimentel com Barão do Triunfo.

                             
                     Caminhos Da Tríplice Fronteira

                                                    A Preparatória

No dia 12/12/2014, uma sexta-feira ao final da tarde nos reunimos na casa do Ruberval para combinarmos os detalhes da viagem com destino à tríplice fronteira que seria no sábado pela manhã.
A previsão do tempo indicava chuva, mas torcíamos para que não se confirmasse.
O Rubinho (Ruberval) fez um churrasco de “lamber os espetos” uma bela confraternização entre os integrantes do Grupo Caminhos Da Pátria Gaúcha.
  
                     Os membros do grupo nesta viagem (foto abaixo)
   Elson, Alexandre, Norberto, Eliézer, Ruberval, Jorge, The Krentz e Roberto




                                     1º Dia  (Sábado 13/12/2014)
                                                   
                                       A  Saída

Infelizmente a previsão do tempo não errou, chovia fraco (mas chovia) na hora do início da viagem,  saímos ensacados em roupas de chuva em direção a região sul.
Seguimos pela BR 116 e a chuva foi apertando, perto da cidade de Camaquã  (já chovia muito) a XRE 300 do Eliezer apagou e não houve jeito de voltar a funcionar, por sorte ele conhece bem a região e através de contatos com parentes ele conseguiu socorro mecânico para a motocicleta.
Depois da motocicleta transportada até a oficina precisamos esperar pelo conserto que seria a troca da bomba de combustível, aproveitamos e almoçamos no local.
Mais tarde depois de tudo resolvido seguimos caminho rumo a Pinheiro Machado.
Ao chegar na pequena cidade de Pinheiro Machado logo na entrada nos deparamos com um pequeno hotel, mas não havia ninguém atendendo, fomos informados que no sobrado ao lado uma senhora teria informações, eu e Ruberval batemos na porta ela nos atendeu e mesmo sem conhecer a gente ela convidou-nos para entrar em sua casa, estranhamos, pois éramos desconhecidos, mesmo assim a hospitalidade interiorana e pura desta senhora não foi abalada por este fato.
Para encurtar o relato não havia acomodações para oito pessoas no local, então seguimos o plano “A’ e nos dirigimos ao hotel “Dal Cortivo” onde eu já havia me informado pelo telefone sobre a hospedagem.
Nos instalamos no hotel e o Ruberval comprou uma carne de ovelha para assar no estacionamento onde havia uma churrasqueira, o Roberto assou a ovelha com maestria.
Pegamos os instrumentos musicais e tocamos umas “marcas” que ainda lembrávamos.
Fomos muito bem atendidos neste hotel, a organização, as instalações e a higiene são nota dez.
                                                            Primeira parada
                                                                   Pane na XRE
A espera do conserto
Parada para descanso
Bela tarde e bela sombra depois de tanta chuva
Terra da Feovelha

Hotel de primeira
Churrasco de ovelha e música ao vivo
Noite adentro






                               2º Dia      ( Domingo 14/12/2014)

Tomamos  o café da manhã no hotel e seguimos viagem rumo a fronteira oeste.
No caminho não pudemos deixar de perceber a transformação da região entre Pinheiro Machado e Livramento, onde só havia gado nos campos agora tem parreirais de uva, lavouras de soja e até pomares de oliveiras, creio que houve uma grande mudança sócio-cultural naqueles pagos.
Depois de muito andar chegamos a Santana do Livramento bem na linha da fronteira
almoçamos por lá e depois fomos à Rivera no Uruguay, viajamos uns 50 metros a pé até a linha divisória e entramos na “Banda Oriental” rumo aos “ free shopings” mas devido a alta do dólar os preços não são nem um pouco convidativos para o consumidor.
Mais tarde seguimos caminho até Quaraí onde abastecemos as motos, atravessamos até Artigas (no Uruguay) para ver o rio bem de perto.
Seguimos andando novamente, desta vez para a Barra do Quarai, pegamos aquela estrada maravilhosa do Cerro do Jarau até sair na BR 290 em direção a Uruguaiana.
Paramos em um local onde havia um Gaúcho pilchado a espera de condução, pedimos algumas informações a ele, em seguida chegou seu ônibus e ele embarcou.
Seguimos no “baile” andamos até a entrada de Uruguaiana e pegamos à esquerda rumo a Barra do Quaraí, a estrada está passando por manutenção e é bem ruim, em alguns pontos há buracos muito perigosos, faltando alguns kilômetros para chegar senti que havia algo estranho na minha motocicleta, o motor estava quente demais, mas seguimos.
Chegando lá nos dirigimos ao Barra Hotel, o único da região.
Depois de acomodados saímos para jantar e conhecer um pouco do lugar, eu o Norberto e o Eliézer fomos até a ponte na divisa com o Uruguay, mas não atravessamos estávamos a pé.

Descanso breve
Entre duas pátrias
                                                            Linha da fronteira
Banda Oriental
Quaraí na divisa
Pouco antes da Barra Do Quaraí
Barra Hotel
Garagem lotada



                                3º Dia  (Segunda Feira 15/12/2014)

Acordamos cedo, tomamos café e nos dirigimos ao estacionamento onde ficaram as motos, o Sucatão  (minha velha XLX250) não quis pegar e estava muito estranha, fui conferir o óleo e o cárter estava quase seco, fiquei surpreso de não ter fundido o motor da velha guerreira, como eu havia levado 1litro de óleo me pus a colocar pensando que seria suficiente, mas ainda faltou.
Logo em seguida abastecemos e completei o óleo.
Dalí depois de nos informarmos com o pessoal de uma ONG nos dirigimos ao final da missão, chegar ao marco das três fronteiras, seguimos até  a Granja Três Fronteiras onde fica a entrada para o local onde fica o marco.
Seguimos alguns Km por uma estrada de pedras soltas até a margem do rio Uruguai,
o marco divisório dos três países tem o formato de um totem fotografamos exploramos o local vimos a ilha brasileira contestada pelo país vizinho, a natureza maravilhosa exuberante fez valer cada centímetro desta missão.
Voltamos ao hotel para pegar as bagagens e seguimos para Uruguaiana, o Sucatão parecia uma máquina de costura, o motor tinha muitos ruídos estranhos, mas seguimos, queríamos atravessar para Passo De Los Libres, chegando na ponte internacional conseguimos passar sem precisar declarar nada para a Receita pois ficaríamos pouco tempo do lado Argentino,  do lado de lá fui abordado por um militar da “guerdameria” e este achou que eu fosse um militar da ativa brasileiro pois eu estava vestindo um uniforme de instrução militar, conversei com ele e nos liberou um espaço para as motos.
Em menos de quatro horas andamos dentro de três países, na região do encontro das Pátrias Brasileira, Uruguaya, e Argentina.
Voltando ao Brasil seguimos em direção à Rosário mas antes achamos uma bela sombra para assar uma maravilhosa carne, por ali almoçamos e depois seguimos até Alegrete.
Entramos na cidade para uma pequena visita tiramos algumas fotos e depois seguimos andando.
Logo chegamos a Rosário Do Sul (nosso ultimo pouso) procuramos o hotel Areias Brancas onde nos hospedamos.
O pessoal deste hotel me contou sobre as “palometas” uma espécie de piranha que proliferou muito na região devido a pesca indiscriminada do “dourado” que é seu predador natural.
Logo em seguida saímos pela noite rumo a movimentada praia das areias brancas.
Jantamos num bar bem na beira da praia, mais tarde seguimos para o hotel para descansar.
 


De volta aos pagos
Maravilhosas margens do Lendário Rio Uruguai
Entrada para o marco
Marco das Três Fronteiras Missão Cumprida


Los Hermanos
Ponte Internacional
Churrasco na sombra   
                                                               Praça no Alegrete
                                                            



                           4º Dia  (Terça feira 16/12/2014)

Logo de saída pela manhã o tempo começou a arruinar, paramos em um posto na cidade para abastecer e colocar os uniformes de chuva, depois de empacotados seguimos para atravessar a ponte que tem 1800 metros de comprimento, um rio tão estreito e uma ponte imensa, coisas da engenharia.
A chuva não dava trégua e isso dificulta muito a pilotagem, pois a segurança é sempre nossa primeira prerrogativa.
Decidimos entrar em Cachoeira Do Sul para almoçar, isso daria um desvio de uns 50 km na rota planejada, mas assim fizemos.
Em Cachoeira do Sul almoçamos por volta de 15:00 horas depois seguimos caminho, a chuva apertou muito e após rodar uns dez km o Sucatão (XLX) morreu, apagou o motor
tentei fazer ela  pegar novamente e depois de muito “pedalar” consegui, andamos por uns dois  km e ela morreu de novo, e assim andei por uns cinco km, nesse “pega e apaga” logo a chuva começou a diminuir e a moto não apagou mais.
Com chuva a Rodovia BR 290 é muito perigosa pois alguns motoristas de caminhões forçam ultrapassagens e isso traz riscos sérios aos motociclistas, ouve até um momento em que eu sai da estrada para um caminhão passar espremido pelo outro que vinha no sentido contrario.
Mais tarde chegamos a Eldorado Do Sul e paramos em um posto de gasolina para o Roberto organizar a contabilidade da viagem, pois dois integrantes do grupo seguiriam para Gravataí.
Logo em seguida chegamos em casa com total segurança graças a Deus.

   
Praia das Areias Brancas Rosário do Sul
                                                       A praia é linda mas o tempo é feio
                                                       

Obs: Andamos mais de 1.700 kilômetros  sempre priorizando a segurança de todos,  durante os percursos percorridos nenhum integrante do grupo em momento algum antes de pilotar  ingeriu qualquer tipo de bebida alcoólica.
                            

                 Abaixo algumas fotos aleatórias da viagem

Banda Oriental
pra onde?
Que rico mate
Guarda de trânsito
Praia deserta

Se  aprochega vivente
                                                                          É logo ali
Pode ir...  mas tá no meu caderno
Ponte com curva
Fronteira
"Não podemo se entregá"
Bonito igual ao tio

A Sombra Solitária
Parada Quaraí
Pôr do sol na fronteira oeste
Outra margem
  Asfalto e mais asfalto
 Antiga ponte de ferro
Bandeiras  hermanadas
 Solamente Brasilena
Se correr eu multo
Namoro ou amizade
 Tinha certeza que era aqui
Sigam adelante
Sigam-me os bons
 Onde fica o Alegrete
 Eu queria tanto pescar
Perdidos na noite (que a patroa não saiba)
Tô de tocaia
Garçom dois bifes pra mim
 Na direção do horizonte