segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Viagem Ao Garrão Da Pátria



                                     Viagem Ao Garrão Da Pátria

                                   

                                                      A Preparatória

    No Domingo dia 15/12/2013  se Deus quiser estaremos dando inicio ao projeto “Viagem Ao Garrão Da Pátria”, uma viagem ao Chuí seguindo pela margem esquerda da Lagoa Dos Patos (entre a Lagoa e o oceano Atlântico) eu (Élson) Norberto e Roberto Maslak, Ruberval Ramos, Zé “The Krentz, Eliezer Beyer e um tio da esposa do Ruberval que conheceremos no domingo.
   O Ruberval e o amigo que ainda não conheço irão de automóvel para nos dar um apoio na viagem, os outros nos quais me incluo irão de motocicleta. 
          

                                                         Primeiro Dia
  
    Dia 15/12/2013 como havíamos preparado o roteiro e combinado, saímos, eu, Roberto e Norberto Maslak, Zé The Krentz e Eliezer Beyer nas motocicletas, Ruberval Ramos e seu amigo Jorge numa Chevrolet Meriva para apoiar o grupo.
    Era uma manhã nublada de domingo, mas eram nuvens tipo nevoeiro, não havia previsão de chuva, as condições climáticas não poderiam ser melhores.
    Nosso objetivo era viajar tranquilamente sem pressa rumo ao “garrão da pátria”  o Chuí, a rota prevista no roteiro seria entrar pela estrada do inferno e seguir até Bojurú onde dormiríamos. No dia seguinte sairíamos rumo a São José do Norte, Rio Grande, Cassino, Taim e Santa Vitória do Palmar, nesta cidade seria o segundo pouso para no terceiro dia irmos ao Chuí e depois seguirmos para Piratini e no dia seguinte voltarmos para casa.
    Assim foi feito, antes das 7 hrs da manhã nos reunimos na casa dos irmãos gêmeos Norberto e Roberto, assim partimos com a primeira parte da caravana, pois seguimos para Gravataí para acolher mais um integrante ao grupo, o amigo The Krentz e sua maravilhosa Shadow 750 cc.
    De lá seguimos, em algum ponto da RS 040 paramos era o famoso "Rancho Do Capivarí" esticamos as pernas e depois seguimos até Capivarí onde fomos à um mercado para comprar alguma coisa, logo adiante uns cem metros à frente havia uma blitz da policia rodoviária estadual. Pensei que com certeza seriamos parados, mas me enganei, passamos livres sem problemas, mesmo que fossemos abordados não haveria o que temer, apenas perderíamos tempo e este tínhamos de sobra. Então seguimos rumo a Capivari onde entramos pela estrada do inferno.

    A seguir para não perder o “fio da meada” vamos contar desta jornada por partes.

                                                     Saída de Guaíba bem cedo

                                   
                                                                 Rancho Do Capivarí
                                                        

                                                                   Bacoparí


   Seguimos alguns (muitos)  kilometros pela estrada do inferno procurando um lugar aprazível para assar uma carne, foi então que adentramos em um balneário que mais tarde fiquei sabendo se chamar Bacoparí, a praia era muito estranha tinha uma espécie de barranco na margem e o casario lembrava uma favela, confesso que não gostei do lugar.
    Resolvemos procurar mais e achamos um camping, meio improvisado e com quase nada de estrutura, mas as sombras eram maravilhosas e tinha até churrasqueira.
    Mas tivemos que pagar uma pequena taxa para usufruir do local.
    A carne assada estava uma maravilha suculenta e macia, comemos bastante descansamos um pouco e depois seguimos viagem em direção a Bojurú nosso destino final no primeiro dia.

   As paisagens  lindas, o dia estava muito bonito e as motocicletas devoravam as distâncias na estrada.

                                                  Churrasco na rica sombra em bacoparí


                                                           Pouso Em Bojurú
   
     Chegamos a Bojurú com duas braças de sol, achamos a pousada do nosso roteiro com facilidade, pois o centro da cidade tem apenas uma pequena rua.
   Depois de acomodados fomos sondar o terreno, achamos uma festa na igreja local, tinha até show ao vivo, um tecladista uma cantora muito bonita e uma dançarina de pernas grossas e bem torneadas.
   Neste lugar não há uma farmácia sequer nem segurança pública ou agência bancaria.
   Ao cair da noite depois da janta pegamos os violões (eu e o Rubinho) e começamos a tocar umas músicas que há muito não tocávamos, combinamos que nosso repertório estaria mais para  ensaio que para apresentação.
   Em seguida peguei a gaitinha de oito baixos para arredondarmos umas “marcas”
parece que a música tem mesmo uma magia, em seguida haviam pessoas da comunidade nos escutando e pedindo para “tocar aquela” das antigas, nesta brincadeira saiu até o Canto Alegretense entre outras que tocamos.
    Nas tréguas entre uma música e outra surgiam assuntos do dia a dia daquela gente humilde e hospitaleira.
   Relataram-nos que aquele pequeno paraíso no sul do mundo já foi mais esquecido do que é atualmente, para ir até  São José que fica a uns setenta kilometros tinham que levar mantimentos, pois a viagem poderia se estender por dias.
    Contaram de atoleiros e sumidouros que engoliram caminhões inteiros com suas cargas, mas mesmo assim me pareceram pessoas felizes.
     Confesso que há muito não me sentia tão bem por tocar entre amigos, não havia naquele momento sequer uma pequena preocupação, nem vaidades em relação à música, o tempo parou para descansar com a gente, não existiam ali  nem problemas nem estresses, só o agora seguindo a passos lentos sem pressa nem planos.

Nota: Na pousada Freitas em Bojurú não havia garagem, os proprietários gentilmente cederam o salão na entrada do estabelecimento para acomodar as motocicletas.

                                                           Os campos litorâneos

                                                                 Pousada em Bojurú
                                          
                                                               Muita comida boa...

                                                                 ...e música



                                                             
                                    Estacionamento no salão, hospitalidade sem medir esforços


                                                               Segundo Dia
                                                       
                                                                 O Estreito
                                                
   Na manhã do segundo dia após o café na pousada Freitas saímos cedo rumo a São José Do Norte (no extremo sul do Brasil) pegamos a estrada do inferno novamente.
  Esta era um tapete estendido rumo ao sul do mundo, o asfalto neste trecho é muito bom, em seguida passamos por um lugarejo chamado estreito, onde a lagoa dos Patos e o oceano Atlântico quase se tocam, a paisagem é uma das mais lindas que eu já vi em minha vida. Há uma magia neste lugar, tudo o que se vê ao redor é uma natureza vibrante de energia positiva, um lugar para parar ajoelhar-se e agradecer a Deus por este presente maravilhoso.
   Sinto-me um privilegiado por ter a oportunidade de conhecer este pedaço esquecido do nosso estado.
   Pelo caminho eu e o amigo Norberto ajudamos algumas tartarugas a atravessarem a rodovia, mas quando topamos com uma cobra de “braça e meia” atravessando, a deixamos a vontade para concluir o trajeto.



                                                                   A Travessia

   Ao chegar a São José do Norte descobrimos que teríamos que entrar em uma fila para embarcar o carro e as motocicletas na balsa para Rio Grande, o sol estava escaldante, logo a balsa chegou e seguimos por água rumo à outra margem. A travessia demora em média 30 minutos, a balsa é enorme, embarcaram mais ou menos uns oito caminhões, incluindo uma carreta, e uns vinte automóveis e nossas cinco motocicletas.
   Pagamos uma taxa de R$ 5,00 por motocicleta e R$ 20,00 pelo automóvel Meriva do Ruberval.
   Ao desembarcar na outra margem seguimos para a praia do Cassino, por lá eu, o Ruberval, Jorge e Eliezer fomos até o final dos molhes numa vagoneta movida à vela, avistamos os lobos marinhos, mas não conseguimos nos aproximar deles. Em seguida seguimos em direção à entrada do Chuí, mas antes pretendíamos almoçar descobrimos um local que serve o prato feito com valores bem em conta.
Almoçamos e seguimos viagem rumo a Santa Vitória do Palmar.

Nota: Nas estradas as pessoas nos acenavam das lavouras, automóveis davam sinais de luz e dentro das cidades nos perguntavam sobre o destino da viagem e os transeuntes paravam nas calçadas para assistir a passagem do grupo. 
Encontramos um grupo de ciclistas que seguiam para a o Uruguay e depois Argentina.
  


A Balsa


A travessia



                                     
                                     

Cassino


Um breve descanso na sombra...
...antes da longa jornada para Santa Vitória


                                                         O Banhado Do Taim 

   A estrada que atravessa a reserva ecológica do Taim caracteriza-se por suas longas retas, uma com certeza com mais de cem kilometros, os ventos castigam as motocicletas o tempo todo, os motores aumentam bastante o consumo pela força que precisam fazer para transpor as barreiras de ventos nos campos neutrais.
    Dentro da reserva ecológica a velocidade máxima é de 60 km em alguns trechos cai para 40 km, mas a vista é de tirar o fôlego, Tajãs, capivaras, marrecas, colhereiros e tantas outras espécies de animais que nem sei como se chamam.
     Descobri depois que a região se chama “Campos Neutrais” em razão  do tratado de Santo Idelfonso entre Portugal e Espanha onde se previa que esta região não poderia ser colonizada nem por portugueses nem por espanhóis para evitar o confronto armado entre os colonizadores.
      Sem dúvida este eco-sistema é um presente da natureza, a beleza da flora e da fauna local é indescritível.

   












...sem palavras....

                                                 Santa Vitória Do Palmar

     Depois de muito andar chegamos a Santa Vitória, me surpreendi com o crescimento desta cidade, há dez anos atrás estive lá e me parecia muito menor do que é hoje.
     Conforme o roteiro nos hospedamos no hotel Brasil, as acomodações são ótimas e com um valor bem em conta, o hotel tem internet livre para os  hospedes, piscina, quartos com frigobar etc... Para quem participava de  uma aventura como nós estava ótimo.
    No final da tarde eu, o Norberto e o Eliezer caímos na piscina para relaxar um pouco.
    Logo mais à noite jantamos em uma pequena lancheria no centro, a Sra. Dilma dona do estabelecimento foi muito receptiva com a gente, o bauru que ela faz é muito bom.
   Dalí seguimos para o hotel e fomos até tarde tocando uns acordes, brincadeiras e apelidos entre os integrantes da “Expedição Chuí” era o que nunca faltava.

                 

                                                 Pórtico de Santa Vitória Do Palmar

                                                                Muita música




                                                               Terceiro Dia

                                                                 O Chuí
   
Dormi feito uma pedra, acordamos cedo no dia seguinte tomamos café da manhã e seguimos para o Chuí, os freeshopings repletos de mercadorias a preços convidativos, lá descobri que a Avenida central é bilíngüe, de um lado da rua o idioma é  o português do outro é o espanhol.
    Não pudemos adentrar no Uruguai por motivos de documentação pendente por parte de um dos companheiros, mas isso era o de menos, notei que do lado de lá da fronteira ainda há muita pobreza, bem mais que no Brasil, mas uma coisa em especial me chamou atenção, observei também que as pessoas não chaveavam seus automóveis e os deixavam estacionados enquanto se dirigiam ao trabalho, motociclistas acomodavam seus capacetes no retrovisor das motos que ali ficavam e assim por diante...  
     Em seguida voltamos a Sta. Vitória para almoçar, novamente na lancheria da Sra. Dilma, a comida estava uma maravilha.




                     
     À Tarde seguimos de volta pelo Taim o vento estava um pouco pior e o rendimento da viagem prejudicado.
      Paramos em um local onde há uma velha casa abandonada habitada por uma figueira que ergue-se de dentro dos seus aposentos.
     O amigo Norberto capturou muitas imagens fotográficas da vida silvestre da região,
isso vocês poderão ver nas imagens postadas nesta blog.
    A tarde foi encurtando e queríamos chegar antes da noite no destino final daquele dia,  seria Piratini a próxima parada, abastecemos em algum ponto a uns quarenta kilometros de Pelotas e seguimos viagem.

Notas: Na volta passamos pelo o grupo de ciclistas que havíamos encontrado antes na estrada.
Uma curiosidade à parte sem dúvida são  os cães de rua nos postos de gasolina e nos locais turísticos, todos eles muito saudáveis e gordos. 
Um grupo de motociclistas com motocicletas muito potentes cruzaram por nós no Taim.
      
                                                      


                                                   A Hístórica Piratiní

   Depois de entrarmos errado em uma das rotas recuperamos o rumo certo encontramos a  BR 293 que segue rumo ao oeste do RS, nesta estrada tudo mudou a viagem ficou mais leve, o asfalto impecável a paisagem lindíssima, pois havíamos saído da região dos Neutrais e entrado na região da Campanha.
   Andamos uns cem kms até chegar a Piratini o que aconteceu ao por do sol, lá o clima era muito mais ameno.
    Como esta cidade não era roteiro da viagem precisamos achar um hotel dentro das nossas possibilidades financeiras, encontramos o lugar ideal o hotel Garibaldi, lá fomos muito bem atendidos pelo amigo Lucas que não poupou esforços para que a gente se acomodasse bem.
    Como era aniversário dos gêmeos Roberto e Norberto compramos uma carne  e assamos um churrasco numa churrasqueira que o Lucas nos liberou na parte dos fundos do hotel.
    Depois a noite foi rendendo muita música ao vivo, comida, brincadeiras, isto não tem preço, amigos confraternizando numa inesquecível aventura.

                                                               Ponte Em Piratiní

                                                                    O aniversário

                                              
                                                            Quarto Dia

                                                   São Lourenço Do Sul


    No dia seguinte depois do maravilho café no hotel Garibaldi seguimos caminho, desta vez para São Lourenço do Sul onde planejávamos almoçar antes de pegar o trecho final
da volta. O caminho entre Piratini e a BR293  é todo asfaltado, seguimos num ritmo mais lento neste trecho para podermos desfrutar da paisagem.
   As praias de São Lourenço são lindas e foi numa delas que almoçamos à sombra de um plátano. Depois do almoço seguimos caminho para casa.
   Chegamos em casa ao final da tarde, graças a Deus todos bem e em segurança de volta ao aconchego de seus lares, com muitas histórias para contar.
    Na minha vida não  tive muitas oportunidades de viajar em férias, mas não perdi a melhor de todas que foi esta aventura em duas rodas com viatura de apoio e amigos que com certeza não poderia achar melhores para uma viagem destas.
    Deveríamos fazer isso mais vezes, depois de uma aventura como esta, as “baterias” voltam recarregadas, o nível de estresse baixa muito e o retorno em satisfação é enorme, viagens assim como viajamos, sempre priorizando a segurança do grupo é um investimento em prol da saúde física e mental de um ser humano.


           
                                                   Cuscada gorda e sadia pela estrada
                                                                Entre parentes
                                                           Casa histórica no Cristal

A  foto acima ilustra uma parada em Cristal para uma breve visita a casa onde viveu Bento Gonçalves, um dos lideres da Revolução farroupilha.

                                                  Chegada em segurança em Guaíba


Nota: Percorremos no total 1.400 kilometros pilotando as motocicletas, sempre priorizando a nossa segurança.  Nestes trajetos nenhum dos integrantes do grupo em momento algum bebeu um gole sequer de cerveja ou outra bebida com teor alcoólico antes de pegar a estrada para dirigir ou pilotar. Apenas depois das jornadas percorridas de cada dia  já acomodados nos hotéis ou pousadas, que cada um, pela sua própria censura e consciência  bebia sua cerveja com moderação.

                                                               Guaíba  22/12/2013
                                                        
                                                

Viagem Ao Garrão Da Pátria





terça-feira, 24 de setembro de 2013

Caminhos Da Pátria Gaúcha Percorrendo A História Da Nossa Terra

Nova  Santa Rita 

    

    Dia 27 de Outubro, um Domingo, saímos pela tarde em nossas motocicletas eu, Air  (na Garupa da minha moto), Norberto, Roberto, Peixoto, Eliezer (meu sobrinho) e Elizangela sua esposa, nosso destino, Nova Santa Rita.
  Este município  faz parte da minha historia pessoal, pois minha mãe é natural deste lugar e eu vivi lá  quatro anos  por ocasião do meu primeiro “casamento”.
  Ao chegar quase não reconheci o local, a pequena cidade estava toda diferente, me perdi pelas ruas como quem se perde numa grande cidade tipo São Paulo, talvez pelos 18 anos que se passaram, bastante tempo para que houvessem grandes mudanças.
  Depois de um breve reconhecimento (como cusco perdido em mudança) consegui achar o caminho do Morretes, passamos pela Califórnia, e pegamos a estrada de concreto financiada pela Cimbagé uma empresa que fabrica cimento às margens do Rio dos Sinos.
Passamos o quartel do EB (3º Batalhão de Suprimentos) e alguns kms adiante a passagem dos trilhos da ferrovia, paramos para admirar a velha igreja centenária no caminho, logo seguimos para o vilarejo e mais tarde pela velha estrada de pedras e poeira que segue para Vasconcelos jardim onde estão enterradas bem fundas as minhas raízes.
  Fomos recebidos com grande alegria pelos meus amigos e parentes, muitos deles eu não via a mais de uma década, como é bom poder abraçar o passado com os pés no presente e aos olhos no futuro, algumas coisas o tempo não conseguiu apagar, o apito do trem, por exemplo, este parece que ainda é o mesmo de vinte anos atrás, respirar ventos passados nos enche a alma de recuerdos, mas a estrada poeirenta do tempo nos leva pelos caminhos do destino e das mudanças e  graças a Deus muitas delas para melhor.



                                     
                                        Belas paisagens ás margens do rio Caí



 
                                                                      Eliezer          
O trem, algumas coisas o tempo não mudou    
                                           



                                     
Eu, Roberto e o "Véio" Peixoto (neste o tempo fez estragos)   

                                    

  
                        O Morro Dos Ventos Uivantes

    Dia 06/10/2013 domingo eu o Norberto e o Roberto Maslak  saímos bem cedo para visitar a cidade dos ventos, Osório, pegamos o caminho que vai por Glórinha, a RS 030, a estrada é boa conta com uma sinalização razoável  tudo de acordo com o dia maravilhoso que estava fazendo ao sairmos de Guaíba.
    Escolhemos esta rota porque eu não havia passado por lá depois que construíram as torres de captação de energia eólica, também queria conhecer o morro da borússia.
    Para encurtar o assunto chegamos às torres por volta de 10h30minh fiquei impressionado com a magnitude da obra, mas o que mais me deixou feliz foi o fato de ter conhecido o “Tuco-Tuco” este que é um dos pequenos roedores que faz parte da nossa fauna.
     O animalzinho simpático estava tão entretido cavando tocas que nem se importou com nossa presença, muito ouvi falar deles, mas nunca tinha visto um,  maravilha, com certeza é um sinal de que há luz no fim do túnel, ainda podemos recuperar o meio ambiente em que vivemos.
      Por volta de 11h30minh fomos almoçar num restaurante chamado Parque do Rodeio, a comida é de ótima qualidade, um bufet  com uma variedade enorme de pratos, com um  preço bem acessível.
       Depois do almoço subimos o Morro da Borússia, o tempo virou e começou a chover, no inicio de leve, mas quando chegamos lá o caldo engrossou e foi chuva aos cântaros.
      A paisagem é de tirar o fôlego mas a estrada apesar de asfaltada é muito perigosa, as curvas são extremamente fechadas e íngremes.
     Ficamos algum tempo no mirante esperando a chuva passar, mas não passou,  me dei conta de que não havia levado minha roupa de chuva,  os guris que já tem muita experiência  nestas “indiadas” estavam tranqüilos pois eles levaram, inclusive o Norberto trouxe na mochila a parte superior de uma roupa de chuva antiga junto com a nova que ele comprou, então me emprestou a que estava sobrando.
     Da cintura pra cima eu estava bem, descemos o morro abaixo de chuva, é muito perigosa a descida pois o declive e as curvas da estrada contribuem para uma derrapagem ou aquaplanagem, mas foi tudo bem, abastecemos em um posto em Osório e pegamos a
Free way , alguns kms adiante o dia estava ensolarado, víamos pelos retrovisores das motocicletas o lindo arco-íris que se formou atrás de nós.
    Chegamos em casa por volta de 18h00minh esta foi mais uma incursão pelos belos caminhos da pátria gaúcha.


                                          Roberto e  Elson  Lagoa dos Barros
                                                      Roberto e Norberto
                                                       Torres eólicas
                                                                Tuco-Tuco
                                                            Simpatia em pessoa
                                                       Mirante com muita chuva


                                    Caminhos de Santo Amaro

   No domingo passado dia  29/09/2013 saímos por volta de 09h30min para visitar Santo Amaro no vale do Rio Pardo, eu, Roberto, Norberto  e  Claudio Peixoto, pegamos a estrada e “se fomos”, as rodovias de Guaíba a Santo Amaro são ótimas, viajamos  uns noventa e poucos km até chegarmos ao local.
    Lá Conhecemos a barragem eclusa chamada Amarópolis, uma obra impressionante feita pela mão do homem, o clima estava  ameno o dia meio nublado, mas ótimo para viajar.
   Ao sair da barragem fomos procurar um local para almoçar, encontramos o lugar ideal, a pousada e restaurante Coqueiro,  no cardápio Buffet de peixes,  comida maravilhosa, comemos, Violinha, escabeche de traíra, pintadinho assado, bolinho de viola, e muitos outros pratos que não lembro o nome, e tudo por um preço muito acessível.
   Lá conhecemos a Sra. Olinda Konrad, conversar com ela é como viajar no tempo, conhece tudo da história do lugar, professora, poetisa e artista (pinta quadros Maravilhosos) pessoa  muito educada culta e receptiva.
    Foi sem dúvida um passeio muito cultural, pois saímos de lá e fomos visitar o Museu da cidade, fomos recebidos pela Sra. Anajara na casa de cultura Miguel José Pereira, outra aula de história .
   A cidade tem arquitetura açoriana, casas antiguíssimas e lindas, a igreja tem mais de duzentos anos, e para nossa surpresa conhecemos a residência onde nasceu Gomes Jardim,
um dos lideres da revolução farroupilha que teve inicio em Guaíba.
  Na volta paramos no balneário que fica ao lado da ponte que atravessa o rio Jacuí, outro lugar muito bonito.

    Ao final da tarde de domingo já estávamos em casa com nossas motocicletas, então nos reunimos para tomar um café e falar de mais um caminho da Pátria Gaúcha percorrido.


                                           Barragem eclusada de amarópolis
                                        Almoço no restaurante Coqueiro
                                       Sra. Olinda Konrad e suas lindas telas
                               O descanso das guerreiras na frente da igreja centenária
                                         A casa onde nasceu Gomes Jardim
                                        Sra. Anajara, responsável pela casa de cultura
                                        Balneário à margem do Jacuí