Caminhos Da Pátria Gaúcha

sexta-feira, 7 de março de 2014

De Volta Á Ponte Do Silêncio

Caminhos Da Pátria Gaúcha Percorrendo A História Da Nossa Terra

Cruzando a Pátria Gaúcha

Por onde a estrada nos leva

Os rumos da nossa terra

Vamos guardar na memória

Em cada retorno a vitória

Como uma missão cumprida

Pelos caminhos da vida

Pela poeira da história

O Clan Dos Maslak
Formação em "delta" sobre a ponte.
Os Irmãos Maslak Na década de oitenta com suas primeiras motocicletas,
todas modelo XL 125 da Honda da esquerda para a direita Zé Krentz,
logo a seguir os irmãos, Volnei, Roberto,Vitor e Norberto Maslak.
O local a ponte de ferro divisa de Mariana Pimentel com Barão do Triunfo.

De Volta À Ponte Do Silêncio

No sábado dia 1º de março de 2014, Eu, Norberto, Roberto, Peixoto e Eliezer saímos pela manhã e seguimos novamente rumo à ponte do silêncio (como eu chamo a ponte ferroviária sobre o rio Caí em Triunfo) desta vez convictos que conseguiríamos estar sobre ela quando o trem cruzasse-a, concluímos todas as etapas descritas no texto anterior e para resumir o e dar espaço para mais fotos devo adiantar que desta vez conseguimos flagrar a passagem do trem sobre a ponte.

Antes de chegar à ponte passamos na velha estação de General Luz, uma lenda na minha infância, mas hoje dilapidada esquecida no tempo, parece que vai desabar a qualquer momento.

Ao chegar ao eco estacionamento (sombra da mata) subimos em direção aos trilhos e ouvimos o apito, sinal de que o trem vinha perto, com medo de que o plano fosse por água abaixo corri uns setecentos metros sobre os trilhos e subi até o topo da ponte o mais rápido possível, resultado, quase desmaiei, foram mais de dez minutos para me recompor do cansaço sem falar do taco da bota que descolou, e o trem levou mais de meia hora para chegar.

Com certeza estava parado num desvio quando apitou.

Mas o dia teve de tudo em relação ao clima, pela manhã frio, depois um sol de lascar e na volta chuva para completar .

Bom... Para atalhar o texto deixemos que as fotos falem por si.

Após o café ...

Margens do Jacuí

A mais confortável

O melhor acomodado

Os Melhores na estrada

General Luz, retrato do abandono

Ao fundo chegando, o velho e sucateado trem da ALL

Eco estacionamento lotado

Espera nas alturas

Enfim o trem, a ponte vibra, sacode... mas resiste

1,5 kms de aço sobre rodas

Missão cumprida na ponte comprida

Dissemos que voltaríamos e voltamos, com reforços.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Caminhos Da Pátria Gaúcha Percorrendo A História Da Nossa Terra

Cruzando a Pátria Gaúcha

Por onde a estrada nos leva

Os rumos da nossa terra

Vamos guardar na memória

Em cada retorno a vitória

Como uma missão cumprida

Pelos caminhos da vida

Pela poeira da história

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Caminhos Da Serra Gaúcha

Antônio Prado

No dia 08 de Fevereiro de 2014, um Sábado, saímos eu, Norberto, Roberto e Eliezer pilotando nossas motocicletas rumo a serra Gaúcha, era um dia muito quente, mas estava ótimo para viajar.

Nosso destino inicial foi a bela cidade de Antônio Prado, que fora cenário do premiado filme “O Quatrilho” obra de muito sucesso nas salas de cinema de todo Brasil.

As casas típicas ainda mantém a mesma imponência dos tempos antigos, a cidade muito limpa, com certeza abriga um povo consciente ordeiro e trabalhador.

Por lá almoçamos num restaurante chamado Nordeste, se não me engano, comida típica italiana uma maravilha, fartura e diversidade.

Instalamo-nos no “Hotel Pradense” acomodamos as tralhas nos quartos e seguimos sem bagagem rumo a um moinho centenário, mas ainda em atividade, conhecemos a Sra. Catarina a proprietária, esta nos mostrou aquela relíquia funcionando, uma verdadeira obra da engenharia antiga.

Ela (a Sra. Catarina) explicou tudo com muito boa vontade, contou de tempos idos, mostrou suas taxadas de doces feitos em casa, com um sotaque forte e jeito de quem trabalhou muito na vida.

Um dia muito quente

Preparatória

Moinho centenário

A roda do tempo

Sra. Catarina em boa companhia

Serranias

Hospitaleira Antônio Prado

Vacaria Dos Pinhais

No Domingo pela manhã seguimos para Vacaria a “Porteira Do Rio Grande” para ver os campos de cima da serra e conferir o rodeio internacional, mas com certeza nosso destino não é a agitação e por isso não esquentamos lugar, de lá fomos até Bom Jesus para almoçar, novamente comida da melhor qualidade.

Sem Rodeios

Aparados Da Serra

Os caminhos que percorremos na tarde de domingo foram com certeza alguns dos mais lindos que meus olhos viram, a serrania foi crescendo parecia que estávamos em outro mundo, as maravilhas da natureza se mostraram com todo seu potencial neste lugar. As matas de araucárias são abundantes nesta região, vimos uma seriema atravessando a estrada, a agricultura local é bem diversa, parreirais, milharais, macieiras, soja e outras...

Logo mais chegamos a Cambará Do Sul nos aparados da serra, nos hospedamos na Pousada Paraíso, novamente guardamos as bagagens e seguimos para o Parque Nacional Dos Aparados Da Serra, seguimos por uma estrada sinuosa, mas a pavimentação asfáltica termina na entrada do parque, daí para diante o caminho é só pedregal.

Andei uns quinhentos metros e não achei prudente prosseguir, pois minha motocicleta não foi projetada para estes terrenos, Norberto, Roberto e Eliezer seguiram com suas motos trail, combinamos que eu esperaria na pousada e assim foi feito.

Contaram-me as belezas que viram, os cânions, as curicacas, os graxains, perdi uma parte importante do passeio, mas sempre apelo para o bom senso nestas horas, arriscar não é minha praia, minha intruder poderia ficar no caminho ou até correr o risco de algum acidente.

Balneário na ponte

Aparados da serra

Curicaca

Pensativo

Graxains dos aparados

O Jardim do Éden

Vista privilegiada

Café de segunda feira na pousada Paraíso

Rota do sol

Na Segunda pela manhã seguimos para casa atravessamos três túneis pelo caminho, pegamos um trecho da rota do sol, mas assim que atingimos à região litorânea ficamos a mercê dele, um sol de quase quarenta graus, chegamos em casa por volta de quatro horas da tarde e as seis desabou um temporal daqueles, mas tudo bem já havíamos chegado.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Ponte Do Silêncio

No inicio da década de 90 tive por ocasião do meu primeiro casamento o privilégio de morar em um sitio em Nova Santa Rita (que na época ainda não era emancipada), uma das coisas que me fascinava, era o trem, que corria imponente sobre os trilhos da estrada de ferro.

Não foram poucas as vezes que caminhei léguas sobre os trilhos, as paisagens, as pontes, e o silêncio das distâncias me ajudavam a colocar meus conturbados pensamentos em ordem.

Entre a estação ferroviária de Vasconcelos Jardim e a divisa do município com Triunfo, deve ter em média umas sete ou oito pontes ferroviárias pequenas, algumas sobre várzeas, outras sobre pequenos arroios e outras pontes secas sobre estradas, algumas delas dentro de fazendas locais.

Mas a ponte da divisa fica sobre o rio Caí, esta tem no seu vão maior sobre o rio mais ou menos uns cento e cinqüenta metros de comprimento e uns quarenta de altura.

Antes do vão maior no lado que pertence à Nova Santa Rita há quatro pequenas pontes sobre a várzea e do outro lado duas contando com uma ponte seca sobre uma estrada mais adiante.

Nos anos noventa foram muitas as tardes de sábado em que andei sobre os trilhos até a ponte grande, subia até o topo do arco de quarenta metros (mais ou menos) e ficava lá por horas admirando a paisagem e desfrutando do silêncio, que só era quebrado de vez em quando por um pássaro ou outro e pelo apito do trem varias vezes por semana.

Pode-se dali enxergar o horizonte, as várzeas, os arrozais, os campos e o rio serpenteando em seu caminho.

Em duas ou três ocasiões pude do alto da ponte presenciar o trem passando, a sensação é maravilhosa a ponte vibra, trepida, sacode enquanto os vagões passam lentamente.

Contei estas experiências aos amigos Norberto e Roberto e acabei contaminando-os com os relatos sobre a ponte do silêncio.

No Sábado dia 04/01/2014 combinamos ir até lá com nossas motocicletas, e assim foi feito, atravessamos pela balsa de São Jerônimo até Triunfo, aproveitando a ocasião do passeio lá conhecemos a casa onde nasceu Bento Gonçalves, um dos lideres da revolução farroupilha.

Logo seguimos adiante por uma rodovia, percorremos uns trinta kilômetros, depois contornamos o pólo petroquímico até uma estrada pela qual chegaríamos bem próximos a ponte.

Os últimos setecentos metros teria que ser a pé, andando sobre os trilhos, a idéia era esperar que o trem passasse pela ponte enquanto estivéssemos lá em cima, mas estávamos bem longe de chegar quando ele passou.

Conversei com o capataz de uma fazenda próxima e pedi-lhe que deixássemos as motocicletas dentro da propriedade perto de capão de mato, ele permitiu. Depois nós seguimos caminho andando a pé.

Chegando lá subimos a ponte e esperamos por quase duas horas e não passou mais nenhum trem.

Os irmãos Norberto e Roberto tiraram varias fotos para confirmar a história que conto, ao final da tarde seguimos para Guaíba com a promessa de voltar lá novamente e esperar pelo trem.

Nota: Por mais difíceis que tenham sidos alguns momentos do passado sempre haverá algo de bom para lembrar.