Possuir
uma motocicleta era um velho sonho que abandonei no final dos anos 80 por
motivos vários,principalmente o financeiro, de certa forma isso foi bom,
porque eu era muito imaturo para andar em duas rodas, pois isso requer muita
prudência e responsabilidade, qualidades que me faltavam no momento.
Décadas
depois, retomei o sonho de andar em duas rodas, mas comecei bem devagar, minha
primeira aquisição foi uma bicicleta motorizada, depois uma mobilete, e também
construí vários ciclomotores, inclusive um com quatro marchas, tudo isso foi
parte de um aprendizado, eu ainda não tinha habilitação e só podia pilotar ciclomotores
até 49 cc.
Passei
a gostar de sentir a brisa tocando o rosto durante as pilotagens, havia algo
mágico, planejar construir e ver funcionar perfeitamente sua condução, mas
durante este processo houveram muitos percalços pelo caminho, pois é preciso um
mínimo de habilidade em mecânica, e isso eu ainda não tinha na época.
Depois
de queimar muito fosfato ao montar a primeira bike peguei o jeito, aprendi a
regular o carburador, ajustar a marcha lenta e muitas outras coisas que não
lembro agora mas foram importantes para fazer as máquinas rodarem pelas ruas da
minha cidade.
Sempre
que fazia uma daquelas engenhocas funcionar eu ficava orgulhoso e dizia para o
meu assistente Tiburcius Sabugonius (um canídeo da raça vira latas) que nós fabricávamos
nossos próprios ventos.
Hoje
somos parte de um grupo chamado Caminhos
Da Pátria Gaúcha, estes sim são
os
verdadeiros fabricantes de ventos, com eles já “fabricamos” ventos pela
fronteira e até além dela, pela
serra, litoral e vales.
Mas quando comecei andar de motocicleta ainda tinha dúvidas
até me deparar com a pequena honda Pop, depois a ótima Honda Fan, a maravilhosa
Suzuki intruder de mecânica insuperável, a confortável e linda Shark 250
(estradeira), foram boas experiências de pilotagem, hoje ando numa XLX 250 R
ano 1990 toda reformada, motor e caixa foram restaurados, esta motocicleta é
uma guerreira, uma lenda das décadas de 80 e 90, nos primeiros contatos achei
ela um pouco agressiva, mas depois acostumei com a fera.
Apesar de pilotar a "xizelona" como os amigos a
chamam, ainda gosto muito do estilo das estradeiras, recentemente comprei uma
Phanton 150 esta pequena custom tem me surpreendido positivamente, pois até
agora se mostrou uma espécie de Intruder muito melhorada, mais confortável, tem
marcador de marchas, marcador de combustível, pisca alerta, partida elétrica e
pedal, monitor de bateria, freio dianteiro a disco, guidão alto, encosto para a
garupa, indicador de seta bem visível, muito econômica e gostosa de pilotar.
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Criador e Criatura |
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quatro marchas, motor 04 T |
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80 km com 1 litro de gasolina |
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Tiburcius Sabugonius meu secretário (à esquerda) |
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Sistema de tração com duas coroas |
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Engenhosidade ou paranoia |
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Motor 02 tempos (mosquito)
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Pop minha primeira motocicleta |
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Fan esta não te deixa mal |
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Suzuki Intruder mecânica insuperável |
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Shark 250 conforto e potência |
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XLX 250 A guerreira renovada |
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Phanton (tecnologia: Uma Intruder melhorada)
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Os fabricantes de ventos |