terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Helicops Infrataeniatus

Olá pessoal, sei que este blog não destina-se a estudos ou pesquisas, mas desta vez vamos abrir uma exceção.
- Sempre tive curiosidade sobre serpentes, e elas  nunca me causaram medo, mas sim curiosidade.
-Abaixo uma pequena pesquisa que fiz sobre uma espécie do gênero Helicops.
                         

                      Pesquisa sobre o Gênero Helicops, no sul do Brasil              
Durante à noite ela é mais ativa
Esta Helicops Infrataeniatus mostrou-se muito dócil.


Esta, tem se mostrado extremamente dócil, em momento algum ameaçou qualquer reação violenta, o que parece fugir um pouco à regra, pois outras com as quais tive contato se mostraram um pouco agressivas.

- Por serem muito parecidas,  talvez as outras que se mostraram mais agressivas fossem da espécie Carinicaudus, e isso passou desapercebido.

-Na próxima vez que eu for a campo vou ficar atento a estes detalhes.

-Helicops Infrataeniatus, adaptou-se com rapidez ao aquário  (especialmente preparado para ela)  tem se mostrado muito dócil.

-Observo que a atividade noturna dela é maior que a diurna, durante o dia ela passa numa plataforma com galhos que coloquei por saber dos hábitos desta espécie.
-A noite ela se debruça sobre  as plantas aquáticas e chega a erguer-se  em torno de 15cm acima das plantas, fica mais atenta e algumas vezes sibila, talvez tentando localizar outras da mesma espécie.
- No segundo dia ela comeu em média cinco  lambarís  (peixes do gênero Astyanax, da família Characidae) talvez estivesse com muita fome.
- Ultimamente tem comido uma média de três lambarís por semana, existem poucos estudos sobre os hábitos alimentares desta espécie.
-Nos primeiros dias pensei ser ela uma helicops carinicaudus ( são muito parecidas)mas pesquisando descobri ser uma helicops infrataeniatus.
- Confesso que fiquei triste ao devolve-la a natureza, mas ela deve seguir seus ciclos de perpetuação da espécie.
- Esta foi uma experiência gratificante, poder aprender, observando com calma, tentar entender como funciona o metabolismo deste animal maravilhoso, que tanto medo injustificado causa aos humanos.

Helicops é um género biológico de serpentes da família dos colubrídeos, subfamília Xenodontinae, tribo Hydropsini (hidropsíneos), que inclui espécies vulgarmente designadas como cobra-d'água, surucucurana e surucurana.[1] Alimentam-se, em geral, de pequenos peixes. Dos três géneros que compõem os hidropsíneos, é o que é composto por maior número de espécies e cuja distribuição geográfica é mais ampla.    (fonte Wikipédia)
A família Helicops é bem ampla:

-Somente algumas desta família habitam os rios e banhados do sul do brasil.
 
Helicops Infrataeniatus
 -Elas são serpentes vivíparas, ou seja, não põe ovos, gera filhotes.

Helicops Carinicaudus





quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Um novo caminho

Há alguns dias comprei um caiaque de pesca, tive uns percalços na adaptação ao novo veículo, mas foram superados.
No dia 07/01/2020 saí cedo para pescar, num lugar maravilhoso onde o acesso é somente  por água, sem nenhuma presença humana além de mim naquele dia.
Fazia tempo que eu não me sentia tão integrado à  “pachamama”.
Foi um momento de plena reflexão, um  encontro  íntimo comigo mesmo, entendi então que precisamos disso, recolher-se e refletir sobre o sentido real da nossa vida.
Saí de casa com muitas dúvidas e voltei com muitas certezas, como quem fosse tocado pela mão divina, uma paz imensa (que há muito eu não sentia) invadiu-me.
Naquele momento me senti como alguém que tivesse sido curado de uma moléstia rara.
Passei a entender porque é tão importante  estarmos em paz, pois fomos criados para isso, para atingirmos a plenitude do ser.
Vivemos em um mundo em que a vulgarização das pessoas e o culto a imagens egoístas e sem conteúdo se proliferam através da tecnologia massificadora que nos empobrece a alma e nos faz regredir como humanos.
Um novo caminho me surgiu, cabe a mim  escolher se quero segui-lo. Vou em busca da luz do conhecimento ou continuo a regressão tecnológica que nos transformará em seres débeis, sem a consciência necessária para um mínimo de evolução espiritual?
Entendi que precisamos evoluir urgentemente para não ter que viver muitas outras vidas sem sentido na busca do darma.
Uma vida sem a busca da luz do conhecimento é uma vida desperdiçada.
































Apesar de gostar muito de pescado, ainda não me senti no direito de traze-los para consumo, portanto todos os peixes foram devolvidos ao rio, inclusive as três cobras e uma tartaruga, todas intactas para seguirem seu caminho na natureza, agradeci a cada um deles por ter me proporcionado esse momento maravilhoso  onde passei o dia em contato com a energia maior que chamamos Deus.

O silêncio sussurrou a música da existência humana aos meus ouvidos,  me contou segredos da natureza exuberante ao meu redor, e passei a entender que sou parte disso tudo, posso usufruir sem poluir, me alimentar sem desperdiçar, interagir sem alterar e por fim observar para entender.
Mesmo assim a simples presença do ser humano pode sim causar desconforto à natureza, pois com o tempo nos distanciamos muito dela, apesar de sermos parte.
A natureza pode sem dúvida seguir todos os seus ciclos sem a raça humana, mas o homem não sobreviveria sem ela.
Em breve quero me sentir à vontade para comer destes peixes, mas sem desperdiçar nada, pois sei bem que o peixe que compro no mercado local vem das mesmas águas.



                                                                                Elson Lemos

                                                                                    08/01/2020


sábado, 14 de dezembro de 2019

Mais Alterações Na Mirage

Essa semana fiz mais algumas modificações na minha Mirage, levantei um pouco o guidão, modifiquei o escapamento e pus uma "grelha" no lugar do banco do carona, todas elas fiz em casa mesmo (inclusive a fabricação da grelha).
Pra mim essas pequenas customizações são quase uma terapia, nem sempre o resultado agrada, mas aí eu vou ajustando até dar certo, caso não consiga atingir o objetivo retornamos à "última forma", pois não faço nada que não possa reverter.
Abaixo as fotos falam por si.







quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Viagem 2019 Ninguém Fica Para Trás


No dia 11 de Dezembro de 2019, saímos Eu, Norberto, Roberto e The Krentz, nosso destino naquele dia seria o pequeno município  de Vespasiano Correa.
 Vespasiano Corrêa é um município do estado do Rio Grande do Sul. A cidade é conhecida por sua beleza paisagística, por onde passa a ferrovia do trigo e destaca-se o Viaduto 13. É também a cidade-natal do técnico e ex-jogador de futebol Renato Gaúcho.
Na cidade de Muçum almoçamos e depois seguimos por uma estrada de terra até o viaduto 13, subimos até bem perto do viaduto por uma estrada muito íngreme, caminhamos por lá e entramos no túnel até uma espécie de “janela” onde se pode seguir pela borda do monte e acessar uma cachoeira.
Devido ao sol escaldante naquela semana bem pouca água caia lá de cima, mas foi o suficiente para uma boa refrescada.
O dia era muito quente, logo após seguimos para lagoa vermelha onde passamos a noite em um hotel
chamado alto da lagoa (a bem da verdade não vi nenhuma lagoa, devia estar seca com o calorão que fazia).
O plano inicial era seguir para Santa Catarina, mais precisamente ao município de Anita Garibaldi, mas tive muitas dores na coluna cervical (acredito que pelo despreparo físico) então resolvemos seguir para Bom Jesus e visitar um amigo que mora nesse local.
Passamos por Vacaria, pelo caminho macieiras, milho, trigo ainda não colhido, gado limousin, pampa hereford e gir Holanda, e num determinado local me pareceram oliveiras cultivadas.
Me chamou atenção quando paramos em uma barraca que vende frutas na beira da estrada e paguei água mineral mais barata da viagem e ainda havia um café por conta da casa, pensei comigo, pessoas humildes, num pequeno comércio que nem de longe tem o poder de uma grande rede e ainda assim vendem mais barato, isso tem um nome, HONESTIDADE.
Por fim almoçamos em Bom Jesus, visitamos o amigo enquanto preparava-se um temporal, choveu um pouco, mas seguimos depois até em casa apenas com nuvens ameaçando nosso trajeto.
Agradeço aos amigos Norberto, Roberto e The Krentz, por terem entendido a minha condição física e voltarem comigo sem reclamar de nada, isso chama-se companheirismo, 
aprendemos isso no Exército, ninguém fica para trás.

Almoço em Muçum








37 anos de amizade










Refresco na montanha



Barraca da honestidade